Outras nádegas

 

terça-feira, agosto 08, 2006

Seminário Fase 1 ou Ensaio ou Eu sou uma doida ou Qualquer coisa que Eu quiser

Na sexta feira tivemos um seminário na faculdade, desses chatérrimos típicos ministrados a calouros que Se acham e não sabem neca. Fica aquele monte de merdinhas de 19 anos citando Delfim Neto, é engraçadérrimo. Uma sílaba grave, uma sílaba aguda “temos que repartir o bolo”. É assim, deliciosamente feio de se ver. O Assusnto? Ora coisa pra calouro. O Capitalismo. Assim mesmo, essa merda. E tínhamos que entregar um artigo de quatro páginas que depois seria usado pela vadia da professora como programa humorístico de fim de semana. Eu tenho orgulho de dizer que contribuí mais que qualquer outro.
Antes de qualquer coisa me responda se puder. Por quê é tão complicado aliar socialismo a desenvolvimento de tecnologia? Quer dizer, até hoje nas poucas chances que tivemos o gostinho de poder criticar, isso não foi possível ou pessimamente realizado. É uma simples questão de falta de planejamento ou é uma máxima do sistema socialista? Eu penso que não. Professorinha tentou convencer e aluno média 9 também, sem sucesso. Bom, mas eu na minha “genialidade” implacável defendi um outro tópico.

O fator responsável pelo insucesso do sistema capitalista não é o desenvolvimento de novas tecnologias ou a capacidade de inovação. Desemprego, blábláblá, desigualdade, blábláblá, dependência, blábláblá... Porra, como o discurso é antigo né. Pois eu discordo dele e aí é que entra minha contribuição para o tal programa de fim de semana da Sonsa. No meu artigo eu cito Silvio Santos e Rebeldes como exemplos de como essa possibilidade de inovar pode contribuir ou não para um determinado setor da economia, ou ainda criar novos mercados. Cara, você cria uma pegadinha e num piscar de olhos (não é bem assim né) você tem um grande mercado de entretenimento que acolhe milhares de pessoas vitimas do tal desemprego estrutural. Isso com o avião (turismo), computador (tecnológico, digital) e mais uma dezena de exemplos, bem sérios por sinal. O que tem Rebeldes a ver com isso? Bem gente isso aí não é só uma novelinha que se passa em uma escola cheia de adolescentes riquinhos. Existe uma idéia, uma rede de produtos e uma criação de uma marca em função de uma banda de... (de quê mesmo?), e melhor ainda, tem gente que compra cara, muita gente mesmo. No tal artigo eu cito números, cifras gigantescas e estatísticas ridículas e ao mesmo tempo absurdamente verdadeiras. Poxa cara, passei as férias preparando essa coisa, contribuí ou não?
Mas o problema mesmo, o maior problema é saber bem lá dentro de mim que eu concordo comigo.


link | posted by Simy at 6:04 PM |


1 Comments:

Blogger anouska commented at agosto 08, 2006 11:22 PM~  

humm. tá. mas eu sou burrinha e não entendo uma coisa. por que, sendo essa maravilha geradora de riqueza, o capitalismo não conseguiu dar cabo da miséria que assola populações imensas? será que essa gente toda é preguiçosa, incapaz e burra? e o que dizer da criação de necessidades artificiais, desejos por coisas das quais não precisamos em absoluto? eu até aceitaria isso, a criação de um público consumidor de inutilidades, se o resultado da equação fosse menos miséria entre as pessoas (nem digo igualdade total). sei não. eu sou tapadinha pra essas coisas, mas até agora ninguém me apresentou uma resposta que preste.

que bom poder falar contigo de novo. welcome back. beijim.

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