Outras nádegas

 

quarta-feira, agosto 23, 2006

Nasci pra ser desejada. E conversando com ele certa vez me apontou uma característica até então desconhecida por mim. “Você é confessional, enganadora, mentirosa e nem sabe disso”. Perigosa. Atraente. Ingênua. Pensei muito a respeito. Quase perco a hora de ouvir apitar pensando, agora até sei te explicar. Você se expõe seminua, finge interesse e sempre diz o contrário do que diria, isso pra ser agradável. Vê sensualidade na lama, no gordo, no velho, no moço só porque gostaria de saber o que eles pensam sobre você. Você cutuca, esbarra, atiça e morre de raiva quando ouve respostas vazias. É curiosa e tudo que quer é saber o que rola enquanto elas se despem no banheiro, se falam sobre o tempo mais lindo que você, se conseguem descrever o orgasmo desde o comecinho até a satisfação. Adora ouvir conversas entre homens e nunca se sente ofendida com piadinhas sobre seu sexo, conversas sobre futebol, política, casos, cumplicidade, amor. Se eles amam com paixão, isso você quer saber. Só saber, sem interferência, sem opinião. Gostaria que entendessem que você só quer saber e promete guardar, promete discrição, promete, promete, promete. Você é curiosa ao extremo por isso imagina tanto, e sai por aí falando e falando sobre sua vida só pra ver se escuta uma reação particular. E você inventa, reinventa, é mentirosa só pra ver se conquista confiança, você só quer ouvir. Detalhes do corpo, dela, da mãe, da casa, dos gostos. Você gosta disso que faço agora. Eu aqui e acabo de te ter, brinco com seus seios, suas coxas e tudo, e conto dos outros casos, de ontem, de quase uma hora atrás e sua reação é o inverso do que se espera. Você gosta, adora e quanto mais falo, mais quer. Mais detalhes. Mais. Mais. E você me atiça, me dá conselhos, me diz como fazer pra ter a outra só pensando nesse seu tesão de me ouvir falar depois. “Como foi?” Me encoraja a conhecer outros lugares, falar outras línguas, conhecer outros modos só pra me ouvir contar. Seu maior prazer é me ouvir falar do dia e não te importa o infortúnio e nem as glórias e realizações. Você me testa pra ver como descrevo um e outro e não entende quando não quero mais falar. Quando estou no limite de minha privacidade você pergunta por quê. Diz que pra você não tem limite e está assim, sempre aberta a perguntas. Mas você se inventa e nunquinha chegou ao fundo comigo. Você quer saber até das minhas taras só pra me satisfazer e me ver com cara de bobo babão. E eu te conto sobre as taras dos outros, das que fiquei sabendo que existe, e vejo, bobão babão, o tesão crescer em você. Você ama a intimidade dos outros. Faz-se de confessional e atirada só pra saber e no fundo sei muito bem o que se passa aí...

UPDATE: Eu iria bloquear os coments nesse post, mas já que ninguém entendeu mesmo...
Essa é a vantagem de não saber escrever.


link | posted by Simy at 6:51 PM |


4 Comments:

Blogger Yvonne commented at agosto 24, 2006 8:52 AM~  

Simy, alguém falou isso sobre você ou essa é a idéia que você mesma tem a seu respeito? Eu te acho profundamente instigante e inteligente. Você é DEZ garota. Beijocas

Anonymous Anônimo commented at agosto 24, 2006 10:35 AM~  

Você gosta mesmo é de passar essa impressão, né?

P.S.: Mauricio comentou seu comentário - cuidado!!! :-)

Blogger anouska commented at agosto 24, 2006 3:16 PM~  

oi, lindinha! confesso, ainda não li o texto (tô correndo, depois te conto), mas nem pense em ficar repetindo essas besteiras. te dou umas palmadas! bjs

Anonymous Anônimo commented at agosto 24, 2006 5:02 PM~  

Ninguém entendeu... isso é o que você pensa!!

O Mau tá brincando pq você fica dizendo que me ama. Ciuminho de mentirinha.

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