Outras nádegas

 

domingo, dezembro 03, 2006

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Passei o dia hoje com mamãe e minha irmã. Um trabalhinho dela foi exposto em um shopping próximo de casa. Ela estava bem feliz, mamãe também e eu. Estou muito família ultimamente. Isso acontece sempre que estou mal. Não costumo falar de fraquezas. Estou sempre com sorriso nos lábios, roupas alegres e muito engraçadinha. Hoje um moço me confudiu com uma menina que estuda com a filha dele. Detalhe, ela está na sexta série. Bem, mas aconteceu algo muito chato. Fui comprar um sorvete para minha irmã. Depois de pegar o sorvete e o troco, que a atendente me passou muito "educadamente", (odeio shoppings) olhei em volta procurando por mamãe e minha irmã. Elas não estavam por perto. Com o dinheiro e o sorvete na mão caminhei por perto procurando por elas. Bem, sem ninguém por perto era impossível guardar o dinheiro na bolsa segurando o maldito sorvete. Mamãe não aparecia. Minha bolsa estava aberta e a nota que eu segurava começou a ficar melada de calda. O sorvete derretia. Me bateu um desespero tão grande gente. Um monte de pessoas em volta e eu só precisava que alguém segurasse o sorvete para que guardasse o dinheiro e ficaria tudo bem. Fiquei paralisada. Ando mal, confesso. Desesperada por alguém pra conversar. Me mata ter que ficar sozinha por um minuto. Não sei o que está acontecendo, sei que fiquei parada ali sem saber o que fazer. Percebi os olhos cameçarem a encher de água e uma lágrima descer. Mais um pouco e faria xixi na roupa. Minha mão ficou toda melada e minha saia toda suja de calda de morango. Caminhei até um banco. Sentei. E comi o sorvete em minutos. Chorando e pensando onde mamãe tinha ido. Não sei porque simplesmente não joguei a porra do sorvete no lixo. Quando levantei a situação da saia tinha piorado. Tinha caído calda no meu joelho. Fui pra fora do shopping e fumei um cigarro avidamente. O rosto inchado de chorar. Subi as escadas e fui até o banheiro. Limpei a perna e desci. Encontrei mamãe conversando com o tal moço e só disse que estava indo pra casa. Saí. Mamãe se despediu e veio atrás de mim. Sentamos na pracinha lá fora e eu contei pra mamãe o que tinha acontecido. Ela só passava a mão pelos meus cabelos.
Foi um mal dia. Não sei o que há. Não sei o que houve.

coloquei foto de mamãe no flickr. Fiquei muito agradecida a ela. Nunca contei pra vocês mas todos os dias peço, pra não sei quem, que não deixe mamãe morrer nunca. Minha garganta se fecha gente, só de pensar. Me desespera. Não sei o que faria se acontecesse. Me esforço tanto pra transformar nossa casa em um lar. Ela merece muito e eu ainda não aprendi a viver sem ela. Lembro que o único ano que morei sozinha em Curitiba foi um dos piores da minha vida. Um verdadeiro pesadelo. Eu estou bem. Tenho que ficar repetindo.
Amo vocês. Edu, Cris, tô com saudade. Yv, te amo demais.

Um Beijo enorme pra vocês.


link | posted by Simy at 8:43 PM |


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