Outras nádegas

 

quinta-feira, março 29, 2007

"Não sei como uma pessoa tão pobre feito você tem coragem de viajar"
Quem adivinhar quem me disse isso ganha um prêmio.
Tô indo pro Rio e daí pra lá. Vou por aí, saca?
No mês do meu aniversário eu quero:
Em Busca do Tempo perdido Vol.2 (tradução de Mario Quintana, eu acho, tá baratinho, eu garanto)
A Queda Albert Camus (Preciso, não aguento mais ir na biblioteca pra ficar relendo o livro. Peloamordedeus eu preciso)
Café expresso Blackbird Greta Benitez
* Agora façam propaganda do meu blog pra um monte de gente vir aqui e sentir pena de mim.


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segunda-feira, março 26, 2007

Mini vida, Mini conto

Marina tomava uma chuva e pronto, tosse. Um sorvete e uma baita dor de garganta. Começou a fumar e os dentes ficaram de tal forma que não podia mais sorrir. Um ônibus cheio e tuberculose, meningite... Era assim, um corpo excessivamente trágico, ou super sensível a hábitos, aparentemente, inofenssivos. O espaço de tempo em que sentia as consequências se aproximarem dela era curto demais.
No aniversário de vinte anos resolveu, deixaria de ser virgem.
Gozou, gozou, gozou... E morreu.


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segunda-feira, março 19, 2007

Previamente Agendado

Na porta do armário as marcas vermelhas ficam me encarando. É um controle, feito aquele que as mulheres fazem em calendários para marcar os dias da menstruação. Famosa tabelinha. Minha avó nunca soube o que quer dizer isso. “Como vocês são modernas minhas netinhas!!!”. Deus, como uma pessoa se presta a um papel desses. Ando de um lado para o outro no meu quarto, paro vez ou outra para me convencer de que ele realmente marcou em vermelho o dia de hoje. O “controle” é do meu marido e em vermelho berrante estão os dias do sexo dele. Um dia sim, dois não, um dia sim, dois não...
Teve essa brilhante idéia quando um dia desses eu não queria e ele queria porquê queria. Era sempre assim, então resolveu formalizar os períodos de nossa cópula. Confesso que fiquei feliz, de verdade, pra mim era lucro entende. Antes era sagrado, todo dia, todo dia, todo dia... Pensei, dessa forma pelo menos não dou todos os dias. Claro que não levei a sério, meu deus quem levaria?
Ganhou lá no posto de gasolina um calendário e pregou na porta do armário com fita isolante e os dias foram devidamente marcados com caneta gel vermelha... Eu ri desesperadamente, ri tanto que tive que correr para um xixi. Ele ficou lá na nossa cama com cara de tacho enquanto eu gozava muito no banheiro.
Tenho certeza que se cortassem uma perna de meu marido ele se comportaria exatamente como um cão manco. Choraria de dor, mas não lamentaria a perda do membro um só segundo.
A única coisa que faz de meu marido verdadeiramente humano é seu orgulho exagerado pelo... símbolo de sua masculinidade. Strindberg perguntaria através de Inês se algum dia alguém conseguiu definir em palavras os pensamentos, sentimentos ou sua própria alma. Diante de toda a humanidade, indiferente a tudo e todos que fosse contrário a ele meu marido levantaria a mão com a mesma naturalidade com que segura o pinto para mijar.
É do tempo dos reis, sem criatividade, inalterável. Não admite, por exemplo, a idéia de se “aliviar” diante de uma bela foto de uma gostosona tendo uma esposinha deitada ao lado. É incrível existir uma pessoa tão simplória, tão pobre, de características mínimas, excessivamente transparente. Me irrita.
Fui ao teatro assistir uma peça, Salomé, me deparei com as portas fechadas. Pensei, devo estar atrasada. Experimentei ver se estava trancado, estava. O espaço tinha uma imensa porta de madeira na frente e vários cartazes informando datas e notícias de eventos culturais na cidade. Estava lá, de quartas a Domingo. Um cartaz com frases escritas na horizontal


Investiguei na minha agenda o dia que estava vivendo e se por acaso faltei ao trabalho pensando ser Sábado. Era Sábado. Afastava meio tonta, descrente da situação em que vivia e já pensando em exageros para incrementar a história ao chegar em casa. Uns cinco passos devo ter dado. Parou um carro e uma mulher sorumbática, uma expressão blasé, roupas de grife que faz parecer “oh, achei por acaso esta peça no fundo do meu armário hoje”. Estava ontem na vitrine da loja do bairro “oh, eu faço compras e nas horas vagas ajudo na dedução do imposto de renda”. Fiquei olhando. Bateu uma vez, esperou, mais uma vez e como se a história de Ali Babá e Os Quarentas Ladrões se tornasse real, a porta se abriu. Um cara “oh, eu não sou gay” dá três beijinhos na Senhorita e ela entra. Quer dizer, num acesso de criatividade e descobrindo modernas técnicas de divulgação, distribuem cartazes escritos na horizontal, não colocam a senha para abrir a porta mágica e a culpa é toda minha por odiar internet e não estar atenta as novas formas de recepcionar os espectadores. Eu queria ver uma peça e antes eu só precisava ter o dinheiro e a carteirinha, falsificada, de estudante. Conto isso tudo ao meu excelentíssimo e ele me responde: É!!!
Outro dia cheguei em casa e marquei, com uma caneta gel verde, um dia no calendário. Ele perguntou qual o motivo, um milagre. Virei-me na cama tão feliz por Ter perguntado, teria a oportunidade de contar algo, mataria dois coelhos com uma paulada só. Iria me divertir e ainda fazê-lo emputecer.
É que eu descobri a melhor coisa de subir em um coletivo lotado às 6 da tarde, depois de ficar 8 horas trancada em um escritório mostrando as pernas para o meu chefe.
Hã!
A melhor coisa disso tudo Michael é que quando eu ergo o braço para me equilibrar dentro do ônibus, o cara da frente fica louco pra enfiar a cara nas minhas axilas cheirosas e bem depiladas.
Ai que nojo Karina.
E ele vem e me come.


link | posted by Simy at 5:30 PM | 4 comments


quinta-feira, março 15, 2007

Assim, neses tempos modernos, são tantas extravagâncias, tantas loucuras, mulheres descabelhadas. A gente até comete certos erros, volta atrás em algumas resoluções, se faz de desentendida e faz tudo de novo.

Tô ilhada no trabalho.
Merda.


link | posted by Simy at 7:32 PM | 3 comments


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