Outras nádegas

 

segunda-feira, abril 30, 2007

Aún mi cumpleaños...





"Dos Gardenias para ti..."

Ele chegou cantando.

Quando conheci estava quase fazendo 18 anos. Uma situação inusitada e inesquecível.

Anotei meu telefone em uma nota de cinco reais e com ela ele pagou a condução. Dois anos depois a gente se encontra, uma surpresa agradabilissíma. Marcamos de bater um papo e ganho de presente cd e dvd. Desconfio que o bom gosto não é todo dele mas fiquei verdadeiramente feliz e poderia ouvir por horas Rubén González ao piano.




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segunda-feira, abril 23, 2007

Férias



Como passam...
Estou mais calma agora, mas passam viu.



Uma bela cidade em grandes companhias.
Uma conversa com locais aqui, outra ali, me fazendo assim "simpáticaaa!!!" como um milagre do lugar. Aqui um autêntico bacalhau, digno do mais fino português, ali um marisco do meditarrâneo que nem ouso tentar escrever. Ocasiões preparadas, exclusivas, olhares só para mim, coisa de segundos, mas só pra mim. Felicidade. E agora estou mais calma, menos impaciente, menos exigente e...


mais velha. Desculpe-me os trajes mas era o que havia a mão. Comemorado e memorável.
Ao chegar em casa surpresas, centenas delas.
Eu não sou boba, pensam que sou.
Sei muito bem quando sou feliz, sei muito bem como ser feliz.


Agora, em frente.



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quinta-feira, abril 05, 2007

O Questionário Proust - Milton Ribeiro

"só gostaria de responder esta pergunta: "Se depois de morto tivesse de voltar, em que pessoa ou coisa retornaria?". Simy"

Isto está lá na caixa de comentários do Milton.
E em uma certa altura de "Em busca do tempo perdido" encontrei a minha resposta, coincidência ou não.
Segue:
"E foi também naquele momento que fiquei sabendo que as mesmas impressões não se produzem simultaneamente, em uma ordem preestabelecida, em todos os homens. Mais tarde, cada vez que uma leitura um pouco longa me pusera em disposição de conversar, o camarada a quem eu ardia por dirigir a palavra acabava justamente de entregar-se ao prazer da conversação e desejava agora que o deixassem ler em paz. Se eu acabava de pensar ternamente em meus pais, tomando as decisões mais sensatas e mais adequadas pra lhes causar satisfação, haviam eles empregado o mesmo tempo em tomar conhecimento de algum pecadinho que eu já esquecera e que me censuravam severamente no momento em que eu corria a beijá-los."

Em uma interpretação um tanto grosseira eu resolvi na minha cabeça o teorema complicado que se formou nos últimos meses. Os desencontros entre uma decisão e o tempo que me disponibilizaram, sem me consultar, frequentemente me atormentam. Ao meio dia quero desesperadamente andar de patins, mas chove. Em frente ao teatro, enquanto aguardo o início de um espetáculo, necessito loucamente de uma companhia agradável, mas todos falam ao celular ou simplesmente olham para esse objeto "homo sapiense" aguardando um sinal de, adivinhem, uma companhia agradável. Quero beber uma garrafa inteira de conhaque, fumar alguns cigarrinhos típicos, mas minha boa educação manda que não. E tantas outras necessidades imediatas, não resolvidas, que se acumulam me trazendo uma grande angústia, na maioria das vezes traduzida em irritação ou simplesmente imperceptível no momento. É algo externo a mim e não parte de mim (ele me ensinou também a identificar características supérfluas a qualquer pessoa). Bem, gostaria de voltar homem ou mulher mesmo, mas alguém que tivesse as mesmas necessidades imediatas da Simy. Bem, uma pessoa com as mesmas necessidades que eu não resolveria o meu problema, eu teria os mesmos problemas que tenho. ?????? Está bem, então eu quero mais, quero voltar uma Simy, com alguém que tenha uma grande paciência para me ouvir ler em voz alta (adoro isso) e ache essa idéia extremamente agradável. São alguns exemplos de caprichos meus que deveriam se realizar em uma outra vida. A idéia do tempo a minha disposição não é um desejo meu mas em vez de andar de patins ao meu dia eu poderia, por exemplo, olhar para o lado e resolver que eu queria mesmo era alguém que me ensinasse a fazer origamis a tarde inteira. Eu queria voltar Simy com a vida à minha disposição.



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quarta-feira, abril 04, 2007

Altiva

Altiva caminhando...
Veste-me um tecido negro, solto, uma malha. Até pouco acima do joelho, sem racho nem decotes. Um acabamento em c de costas nas costas e o cabelo, curtíssimo, que excita, toca o pescoço numa dança de quero, não quero.
Sou louca de pedra.
Vi Altiva, no italiano Prima Della Rivoluzione. Nenhum visto naquele cinema me ardeu tanto. Nem mesmo Casablanca ou modernos King Kongs.
E nestes também me trago uma mesma sensação fingida.
É de se esperar estes olhares, minha malha negra, sem vida, contrasta meu brilho, minha pose. Altiva sou criança nos olhos e mulher nas ancas. Plaft! Um tapa.
E depois a excitação arrebenta dentro dela. Tudo, tudo impossível, somente caminhar.
Mais à frente me foge essa sensação, desesperada por trazer de volta chuparia meus peitos e lamberia minhas nádegas com vontade. Me trago as necessidades vitais, paixões, ações, tesões e os olhares se perdem, Altiva.
Um cigarro, dois, três...


link | posted by Simy at 8:34 PM | 2 comments


terça-feira, abril 03, 2007

Eu ri desesperadamente


link | posted by Simy at 9:20 PM | 2 comments


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